A Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e o movimento ecumênico mundial estão de luto.
O Rev. Zwinglio Mota Dias faleceu no dia 19 de novembro, aos 80 anos. Zwinglio era membro da IPU desde 1983, quando o Presbitério Cidade do Rio de Janeiro se filiou na Assembleia em Vitória, na qual a FENIP passou a se chamar IPU. Atualmente, morava em Juiz de Fora, era membro do Presbitério Rio Novo e integrava, desde 2017, a Secretaria de Educação Teológica da IPU.
A maior parte de seu ministério pastoral Zwinglio desenvolveu junto à Igreja Presbiteriana Unida da Vila Proletária da Penha. Seu pastorado nesta igreja é o tema central do livro “Reencantamentos da Graça numa Favela Carioca – Memórias e Vivências de Zwinglio Mota Dias”, lançado este ano em parceria pela IPU e Koinonia.
Teólogo Presbiteriano e Professor Universitário, foi um dos líderes do movimento ecumênico mundial, tendo atuado durante muitos anos a serviço do Conselho Mundial de Igrejas. Durante a ditadura foi submetido à tortura e teve de se exilar no Uruguai. Como o Rev. Jaime Wright, também perdeu um irmão vítima do regime militar. Restaurada a democracia no país, encontrou na IPU o seu porto seguro, pois a democracia ainda fraquejava em muitas instituições brasileiras, mesmo após o fim de regime militar.
Como legado, Zwinglio deixa o seu exemplo de compromisso simultâneo com a Igreja e com a Sociedade, com os cristãos e com os esquecidos da sociedade. Que sua luz siga iluminando os caminhos do ecumenismo brasileiro e que nós todos tenhamos a certeza de que ele está ouvindo agora: Tudo que fizestes a um destes meus pequeninos, foi a mim que o fizestes.